sábado, agosto 28, 2010

você se foi;

Isso é claro, óbvio, nítido. Não porque eu não te vejo, ou não falo contigo, ou não te ouço. É simplesmente porque não te sinto. Não dói, não corroí. É como se você nunca tivesse existido! O fato é que demorou. Não foi fácil te ver partir. Até porque cada pedaço de mim foi junto. Nossas histórias, nossos momentos, nossas risadas... Eram nosso e de mais ninguém. Só que se foram. Junto com suas roupas, sua pele, seu cheiro. Agora não resta mais nada além do sorriso no canto da boca e um aceno. As lagrimas já se cansaram. Resolveram dar lugar ao riso. Apenas espero que não tenha doído em você como doeu em mim. Espero, de verdade, que as lágrimas não tenham te pertencido há tanto tempo como me pertenceram. Não guardo mágoas. Nem rancor. Você se foi, isso é fato. Agora, para sempre!

quinta-feira, agosto 12, 2010

aquela menina;

Quando eu era criança lia historinhas onde o final sempre era feliz. Onde o príncipe, lindo e maravilhoso, acabava alegre e junto da princesa maravilhosamente esbelta. Era tudo magnificamente perfeito! O mal acabava preso ou morto e o bem acabava com um belo ‘felizes para sempre’. Eu cresci tendo a certeza disso tudo e achei que morreria crendo nisso. Na verdade, até pouco tempo atrás eu acreditava nisso. Acreditava que um dia iria encontrar o meu príncipe (não necessariamente num cavalo branco). O problema, é que eu não sou uma princesa. E bem, príncipes não existem, certo? Pois a anta aqui percebeu isso tarde demais. Deu chances, acreditou naquilo que não existe. E é assim que descobrimos as coisas da vida: batendo contra a parede, levando tropeções, saindo despedaçada de situações pelas as quais nunca foram lhe ditas (ou se foram, você não deu a mínima). Em questões de segundos, deixei de ser aquela menina.