sábado, junho 27, 2009

lembranças;

Nada como ouvir uma música e lembrar-se do passado. Das coisas que fez e deixou de fazer. Dos bons momentos. Das risadas, dos conselhos, das piadas, das aventuras, dos riscos, dos medos, dos segredos. É nos momentos nostálgicos que descobrimos o quanto evoluímos. O quanto aprendemos. E o quanto sentimos falta. O difícil, é que nem sempre as lembranças vêem na hora certa. Às vezes me pega de surpresa enquanto ando no shopping ou estou simplesmente assistindo tv. Uma simples blusa de marca traz tantas lembranças à tona. Um simples clipe me detona com momentos esquecidos. Uma música então... acaba com tudo. É como se o mundo parasse e só estivesse eu, a música e as lembranças. Uma dor no peito e uma vontade enorme de chorar surgem do nada e me vejo acuada. O que uma simples lembrança não faz com a gente. Uma vez me disseram que quando pensamos muito no passado é porque não temos expectativas de um futuro. E daí se eu não tenho expectativas de um futuro? Eu me orgulho do meu passado e isso é o que importa. Lembrar-me desses momentos pode me deixar um pouco pra baixo e a saudade pode aumentar, mas, não podemos simplesmente esquecer desses momentos. Não dá pra apagar, fingir que nunca aconteceu. São eles que fizeram ser o que sou hoje.

quinta-feira, junho 11, 2009

a solidão;

Há alguns dias eu estava mal. Parecia que todos os meus problemas haviam resolvido aparecer naquele dia. Era a noticia da minha mudança de cidade, era minha amiga dizendo que não agüentava mais ouvir a minha voz, era a minha quedinha (ou seria melhor tombo?) por um cara mais velho, meus pais pegando no meu pé por eu querer trabalhar, minhas perguntas de como viver e porque viver. Todos eles resolveram cair em minha mente enquanto eu estava no computador e percebi o quanto tudo mudara e provavelmente mudaria mais ainda. Lógico que esses meus problemas não são NADA perto de outros por aí, mas, como eu sou uma aborrecente adolescente os pequenos problemas sempre parecem grandes demais.
A ficha caiu e eu realmente me senti horrível. Ficar no meu apartamento havia se tornado um incomodo e meu quarto parecia apertado demais. Resolvi descer para a área de lazer do meu prédio. Isso até que é normal; para você. Mas para mim? Era a coisa mais radical e estranha para se fazer. Porque descer sozinha? O que irei fazer sozinha? E se alguém passasse? Pensaria que eu fosse uma solitária melancólica? Sempre pensei essas coisas ao fazer algo sozinha. Sempre não! Dessa vez eu desci.
Não foi nada fascinante e espetacular. Foi uma atitude anormal... e estranha. Eu nunca que faria algo sozinha, onde pessoas poderiam passar e pensar que eu era uma menina sozinha, sem amigos. Mas, nesse dia eu me vi descendo de elevador para a área de lazer. “Foda-se o que os outros vão pensar!” era o que eu repetia em minha cabeça. Foi nesse dia que eu descobri duas coisas importantes; primeiro que não nasci grudada á ninguém e que estar sozinha não significa ser sozinha. E percebi que os pensamentos dos outros não são fortes o suficiente para nos machucar. Pelo menos, não quando já estamos machucados. É como dizem: Quando se está para baixo, tudo que vêm é para ajudar a subir!
Minha descida para a área de lazer não resolveu nenhum de meus problemas. Continuei apaixonada pelo cara mais velho, ainda vou mudar de cidade, minha amiga continua colocando a culpa de tudo em mim (e às vezes, repete que não agüenta mais ouvir minha voz), meus pais continuam pegando no meu pé por causa do meu trabalho e minhas dúvidas continuaram á flor da pele. As únicas coisas que mudaram foram minhas novas descobertas de ser e estar sozinha. E mais uma vez tive a comprovação de que chorar sempre é bom – e também pude comprovar que amigos são ótimos em qualquer momento (alias, obrigado Paula! :D). Descobri que novas experiências sempre são boas. Sair fora de rotina é o que há! Por isso, por pior que estiver, vai fundo e faça coisas novas... coisas que sempre teve medo.

Tá no inferno? Abraça o capeta! (Y’

belo horizonte - duplo sentindo! (: